Como criar um ambiente corporativo propício à inovação
Recentemente, trouxemos aqui no site da Vokse um estudo da Universidade de Boston conduzido pela professora associada de estratégia e inovação Siobhan O’Mahony. Na primeira parte, descrevemos alguns passos que mostram os principais pontos do processo de inovação.
Nesta semana, trazemos um conjunto de boas práticas que a pesquisadora e seus colegas identificaram para garantir que a visão coletiva faça as ideias se multiplicarem. De acordo com uma teoria da inovação conhecida como hipótese da variância, a exposição a uma gama mais ampla de ideias de diferentes campos fora do nosso quadro de referência usual aumenta a capacidade de inovar e se aplica em todos os níveis de uma organização.
Equipes que reúnem pessoas com diversas áreas de especialização, experiência e perspectiva produzem mais ideias inovadoras. O mesmo vale para empresas que olham para fora das paredes institucionais. Isso porque valor inovador de nossa rede é tão grande quanto a qualidade de nossos contatos. Uma pesquisa na IBM, um dos maiores detentores de propriedade intelectual do mundo, identificou que os inovadores mais bem-sucedidos tinham redes amplas e diversificadas: clientes, fornecedores, membros do governo, acadêmicos, concorrentes e membros de associações comerciais.
Liderança
Outro ponto importante diz respeito aos profissionais em posição de liderança, que precisam pensar criticamente não apenas sobre a diversidade de ideias sendo geradas, mas sobre como selecionar aquelas que merecem seguir em frente.
Um dos pontos principais é deixar as sementes florescerem. “Existe um processo de gestação para a inovação. Você tem que deixar as pequenas mudas crescerem. Muitas empresas as jogam fora antes de estarem prontas e depois veem o concorrente lançando o mesmo produto”, explica. E completa: “se agirmos rápido demais, corremos o risco de perder inovações promissoras. Podemos não ver imediatamente o mercado para uma nova ideia; podemos julgar mal seu valor potencial; podemos ver apenas os obstáculos para o sucesso e não o caminho que a permite prosperar”.
Para nutrir as sementes da inovação, precisamos criar “folga” para liberar recursos. Isso pode significar dar tempo aos funcionários para trabalhar em seus próprios empreendimentos, como a 3M fez desde que seu programa 15% (que permite aos pesquisadores gastar até 15% de seu tempo remunerado em projetos de sua escolha) foi lançado em 1948.
Pode também significa alocar recursos, como fez o JPMorgan no estabelecimento de uma incubadora interna para startups financeiras, oferecendo aos empreendedores acesso a seus conhecimentos e sistemas para apoiar a inovação de soluções tecnológicas para problemas da indústria. Isso pode significar dar uma ideia a outra equipe, fazer uma pesquisa de campo profunda, procurar outros dados ou simplesmente esperar até que um caminho se torne mais claro.
E você: o que está fazendo para estimular a cultura da inovação na sua empresa?